Verdade Inconveniente

fevereiro 10, 2012

Só uma verdade nos envolve: somos seres diferentes e trazemos em nós um “código de barras” indecifrável e extremamente questionador ao passo de nos descobrimos a cada instante. Porém, mesmo dotados dessa característica frutífera tenho a ligeira impressão de que não sabemos desse artifício poderoso que deveria ser tratado de maneira a potencializá-lo. 
Se as pessoas parassem um pouco para refletir sobre seus questionamentos internos e menos que isso, raciocinarem sobre suas riquezas, estariam criando uma cultura do pensamento, o que pouco se vê ultimamente. A maioria das doenças sociais é de razão psicológica o que em tese, desembocaria numa crise da sensibilidade, bem ao nível do que conversamos na semana passada. 
Tudo o que existe no mundo de certa forma foi absorvido e entendido pelo ser humano que a partir daí deu início ao processo de codificação das coisas e bens que temos hoje. Por isso, não podemos exercer qualquer “pré conceito” de nada do que nos circula, pois estamos em fase de descobertas. As diferenças culturais não deveriam ser entendidas como um problema, mas sim riquezas que quando aproximadas representariam a descoberta real da nossa humanidade. Porém, mesmo vivendo numa realidade voltada para a praticidade e técnica, seria razoável implicar com tamanha subjetividade? Ainda existe espaço diário para discursos existencialistas ou a oratória sustentável já estaria viciada? Acredito que estamos nessa vida sendo testados para algo que de alguma forma estamos aguardando com certa ansiedade.  
Por isso que as imperfeições dos dias com todos os seus problemas são de certa forma um “cursinho de vida” onde somos lapidados a cada ação. Não é que devemos pautar nossas atitudes numa política de “não reclamar de nada”, mas de uma aceitação voluntária de adaptação a fim de alcançar a chamada felicidade interior. Devemos apontar em nossos corações a aceitação de que as diferenças de realidades nos envolvem para uma direção inevitável: somos riquezas globais. 

Calendário 
Na roça, 
Gostava da quarta feira. 
Via tudo amarelo e sentia 
Cheiro de mexericas pelo ar. 
Depois que cheguei à cidade,
 Comi a tangerina 
E a quarta não tinha mais cor. 

You Might Also Like

0 comentários

Núcleo de Direitos e Diversidades

RI & Audiovisual

Iladisc