A economia do cuidado
abril 27, 2012
Diante dos avanços
tecnológicos e dos efeitos do processo de globalização, a Humanidade reconheceu
o desafio de procurar o desenvolvimento econômico através dos conceitos de
sustentabilidade e ao mesmo tempo promover o progresso do capital em virtude
das pressões do mercado, que são encaradas como naturais, se observadas às
razões de ser do sistema capitalista.
Em função disso, o Direito
como ciência integrativa demonstrou durante muitos anos, certa lentidão no
acompanhamento de tais impactos sociais, o que a meu ver, é representado pela
inércia social em função da descrença diante dos órgãos tradicionais. A
efetivação das leis tema de discussão durante os
séculos, nunca teve uma repercussão entre os institutos de forma tão coerente.
Se antes o capitalismo era entendido como a ferramenta pela busca da ordem e a
democracia o ordenamento mais apropriado para lidar com os múltiplos direitos e
deveres que envolvem os seres humanos, percebe-se que já há um debate refinado
em relação à eficácia da democracia.
Os conceitos de justiça
foram ampliados para um patamar mais real. Afinal, o que é justo? Tal elemento
cada vez mais subjetivo, segundo Amartya Sen, não deve ser tratado como a
construção de uma sociedade perfeita, mas pela visão global da realidade. Dessa
forma, o Estado teria um poder mais responsável, controlador, mas respeitando
os interesses privados sem deixar de reconhecer os direitos humanos como molde
dos modelos econômicos. Tal visão mais social do Direito, de caráter puramente
Humanizador, não implica numa mudança radical do sistema econômico, mas numa
adequação aos movimentos sociais.
Dessa forma, faz-se
necessário que a discussão diante da eficácia das normas tenha maior alargamento
para que a compreensão de direitos difusos possa ser ampliada. A proteção da
Família Humana deve ser o cerne da postura do Estado que diante dos desafios da
contemporaneidade, está tendo dificuldade de domar a Economia. Em razão disso,
como desafio, os estudantes de Direito de nossa Era tem a responsabilidade
ética de promover uma educação jurídica integral e sofisticada para que
tenhamos legisladores mais competentes, humanos e que sejam capazes de
codificar os sinais que a sociedade vem apresentando. Diante de tal impulso, a
pauta da nova discussão deve ter como referência a educação da sensibilidade.
Talvez essa seja nossa maior dificuldade.
Apetrechos
Tenho coceira de gente
morta.
Quando vejo passo longe e
até desvio do caminho.
Aprendi desce cedo que
gente que é gente, faz acontecer.
Acontecer pra quê? Pra
movimentar.
Movimentar o quê? O mundo.
Que mundo? O meu, uai.
Odeio gente que pergunta
demais.
Sinal que nada faz.
Só vive carregando sonhos e
projetos pra realizar.
Mas nunca põe a mão na
massa pra valer.
Gente assim faz até barulho
quando passa perto de mim.
Parece um chaveiro cheio de
coisinhas.
Que não serve pra nada.
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