O mito da caverna - parte 1
maio 12, 2012
Vamos
pensar. Com o processo de globalização e os avanços das novas tecnologias da
informação, percebemos que a noção de mundo tornou-se plástica, ou seja, os
conceitos deterministas dão lugar ao sentido difuso de Humanidade. Em outras
palavras, sentimos que estamos mais próximos uns dos outros.
Tal
ideia real e totalmente poética deveria envolver todas as ciências, no sentido
de promover maior interação entre os fatos sociais e os organismos
institucionalizados com seus formalismos e códigos ornamentados de
burocratização e ineficácia. Como estamos num mundo em tese mais interligado;
podemos admitir então, por exemplo; que uma sentença injusta pode ser sentida
por toda sociedade ou que a queimada de uma floresta vai gerar impactos para
todo o planeta.
Aliás,
por que não dizer que essa atmosfera do desenvolvimento sustentável foi criada
pelo sistema capitalista? Atrevo-me a dizer que essa “onda verde” não se trata
de uma nova forma de consumo responsável, mas sim pela única saída que o
sistema usou para continuar vivo, de outra maneira, mas ativo. Com a falta de
material bruto natural e das inúmeras crises do mundo financeiro; o sistema
diz: “Já que precisamos ser responsáveis; que pelo menos possamos retirar algum lucro!”. Exemplo disso é a mercado do “carbon free” e dos incentivos fiscais
dados às empresas que em tese protegem a natureza, mas que na prática, não
produzem o acompanhamento e a fiscalização de seus projetos. Muito menos o
Estado que constitucionalmente detém dessa competência de proteção e controle.
Em
meio a tanta irregularidade ética, nos parece que só há uma saída eficaz:
voltarmos á caverna. Muitos vão se recordar da história/parábola do Mito da
Caverna narrada pelo filósofo grego Platão em sua obra "A República". Em suma, a
caverna simboliza o nosso espaço de ignorância que nos impede de pensar e
alcançar a liberdade; materializada pelos feixes de luz que dão a projeção na
parede de uma sombra, ou seja, o que nosso eu interior realmente desejaria ser.
É claro que faço aqui uma análise bem pessoal. É inevitável.
Portanto,
se o homem desejou tanto receber sabedoria e ciência, concluímos que diante da
conjuntura social desequilibrada, principalmente das instituições, esse mesmo
ser humano não soube aplicar tão bem o que buscou. Seria então,
necessário que retirasse de si toda prepotência, toda racionalização
das coisas para tentar desenvolver em si os valores, ditos pelo sistema que nos
rege; de ultrapassados. Semana que vem conversamos mais sobre isso.
A
lista
Adoro fazer compras
no supermercado.
Fico horas
perguntando para o tomate
se ele está bom ou
não.
Triste é ter que
esperar
a batata responder.
Não faço compras de
bobagens
ou de coisas
coloridinhas.
Minha compra é
farta,
mas básica como a
cesta do governo.
Foi assim que
aprendi a comer:
o grosso em
primeiro lugar
e depois a
gelatina.
Mas a geleia de
mocotó
sempre vai.
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